Clima e altitude favorecem cafés especiais na Alta Mogiana
Há algum tempo o café tem galgado e conquistado patamares mais elevados - passou de apenas commodity e ganhou status de especial. E os produtores brasileiros estão cada vez mais dedicados a essa produção.
Mas o que são cafés especiais?
Os cafés especiais se diferenciam desde a colheita. São utilizadas técnicas específicas de colheita e processamento pós-colheita para melhorar a qualidade e enquadrá-lo no quesito de especiais. Enquanto no café tradicional todos os grãos são colhidos, para os especiais é realizada a colheita seletiva, na qual são utilizados apenas os grãos maduros. Após esse processo, os grãos vão para a seca e, nesta etapa, enquanto os cafés tradicionais levam, em média, dois a três dias, os especiais ficam em média seis a sete dias. Depois o café descansa em média 30 dias.
Para garantir total qualidade, os grãos que irão para a produção dos especiais passam por máquinas que selecionam os maiores, além da seleção de cor e de quaisquer imperfeições. Então os grãos estarão prontos para a torra e é neste momento em que o especialista em café tem a função de descobrir os sabores e para qual tipo de café cada grão será destinado. Isso é definido a partir do tempo da torra. São avaliados dez atributos do café, para os quais são atribuídas notas de 0 a 10 para cada quesito. Para ser considerado especial, o café precisa ter nota acima de 80 pontos.
E você sabe quais os diferenciais dessa bebida produzida com grãos especiais?
Ela possui sabor acentuado e marcante, sendo que o arábica produzido na Alta Mogiana tem características específicas, com sabor de chocolate e frutado. E é justamente a Alta Mogiana uma das regiões brasileiras que se destaca na produção de cafés especiais, o que é favorecido pelo seu clima e altitude que contribuem para a produção de um café privilegiado.
A trajetória dos cafés especiais brasileiros tem sido positiva ao longo dos anos. "A demanda está crescendo e com valor expressivo. Apesar dos desafios, o crescimento do mercado de cafés especiais é de cerca de 20% ao ano", afirma Flávia.
Fonte: Terra